O banco central do Brasil está entrando na zona cinzenta das criptomoedas com um novo conjunto de regras rigorosas projetadas para domar o caos dos ativos digitais.
Acabou de ser anunciado, o banco lançou novas regulamentações apertando o cerco sobre os provedores de serviços de ativos virtuais, os VASPs, a partir de fevereiro de 2026, com o objetivo de cortar as asas de golpes, fraudes e lavagem de dinheiro na selva cripto.
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Licenciamento adequado
O novo conjunto de leis exige que todos os VASPs, aqueles intermediários, custodians e corretores que lidam com seus Bitcoins e stablecoins, obtenham autorização explícita do banco central antes de abrirem suas portas digitais.
Isso estende os mesmos requisitos rigorosos aplicados aos players financeiros tradicionais para as empresas de cripto, abrangendo proteção ao cliente, governança, controles internos e uma fortaleza de protocolos de cibersegurança.
Especialistas dizem que os responsáveis pela conformidade nessas empresas terão que criar sistemas de gestão de risco à prova de falhas e planos de resposta a incidentes, porque não seguir o compasso regulatório do Brasil até novembro de 2026 significa fechar as portas.
E não podemos esquecer: se uma transferência cripto envolver uma contraparte sem o devido licenciamento, ela não pode exceder $100.000, um limite que coloca um freio em fluxos suspeitos.
Quinto lugar em adoção de cripto
O Brasil está sonhando alto. O país já é o campeão absoluto da cena cripto da América Latina, ocupando o quinto lugar globalmente no Global Crypto Adoption Index da Chainalysis, saltando do décimo lugar apenas um ano atrás.
De julho de 2024 a junho de 2025, o Brasil movimentou $318,8 bilhões em transações cripto, quase engolindo um terço de todo o apetite latino-americano por moedas digitais.
O chefe do banco central, Gabriel Galipolo, revelou no início deste ano que 90% do tráfego cripto do Brasil ocorre em stablecoins.
O salto regulatório do país é um golpe calculado de mestre; enquanto a maior parte da América Latina ainda engatinha na adoção de cripto, o Brasil encontra o equilíbrio, criando uma regulação significativa sem acabar com o entusiasmo.
Interesse institucional robusto
Observadores do setor na Chainalysis aplaudem o papel do Brasil, enquadrando-o como o modelo para o futuro das criptomoedas na região.
À medida que o mundo se prepara para um ambiente regulatório mais rígido até o final do ano, o Brasil se destaca, posicionado na interseção entre o forte interesse institucional e uma cultura de moeda digital em plena expansão.
O novo conjunto de regras cripto do Brasil é o chamado heroico para legitimar os mercados de cripto, empunhando o poder de remodelar a forma como os ativos digitais circulam sob o radar legal.
Especialista em criptomoedas e Web3, fundador da Kriptoworld
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Com anos de experiência cobrindo o espaço blockchain, András oferece reportagens perspicazes sobre DeFi, tokenização, altcoins e regulamentações cripto que moldam a economia digital.
