Visa testa piloto para pagamentos com USDC em todo o mundo

A Visa testou um piloto para pagamentos internacionais com o USDC.

A ideia é usar a stablecoin da Circle para microtransações, que podem beneficiar profissionais como criadores de conteúdo, freelancers e trabalhadores autônomos em todo o mundo.

O objetivo da iniciativa é tornar os pagamentos internacionais quase instantâneos e reduzir a dependência da infraestrutura bancária tradicional.

A Visa anunciou na quarta-feira (12/11), durante o Web Summit em Lisboa, um projeto-piloto que permite pagamentos diretos em USDC.

Empresas nos Estados Unidos que utilizam o Visa Direct podem enviar valores em moeda fiduciária, enquanto os beneficiários optam por receber seus rendimentos em stablecoin.

Visa foca em pagamentos com stablecoin USDC

A Visa afirma que o projeto oferece acesso mais rápido e estável aos recursos, especialmente em países que enfrentam volatilidade cambial ou pouca inclusão bancária.

‘Lançar pagamentos em stablecoins é sobre permitir acesso universal ao dinheiro em minutos, não dias, para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo’, disse Chris Newkirk, presidente de Soluções Comerciais e de Movimentação de Dinheiro da Visa.

Assim, os beneficiários precisam ter uma carteira compatível com stablecoin e passar por verificações KYC (conheça seu cliente) e AML ( anti-lavagem de dinheiro ).

Atualmente, o piloto suporta apenas o USDC e conta com parceiros selecionados. A Visa planeja uma expansão mais ampla na segunda metade de 2026, conforme a regulamentação avança.

USDC em pagamentos com cartões da Visa

O novo programa amplia o piloto lançado em setembro, que já permitia que empresas realizassem pagamentos usando stablecoins.

Com isso, a Visa expande sua atuação em transferências baseadas em stablecoins. Assim, oferecendo uma alternativa mais rápida e transparente aos sistemas de pagamento tradicionais.

Cada transação é registrada na blockchain, garantindo mais rastreabilidade e conformidade.

A expansão da Visa em ativos digitais acelerou em 2025. Desde 2020, a empresa processou mais de US$ 140 bilhões em transações com criptomoedas e stablecoins.

Recentemente, ela firmou parceria com a Bridge, empresa do grupo Stripe, para emitir cartões Visa vinculados a stablecoins.

A Visa também lançou a Visa Tokenized Asset Platform, que ajuda bancos a testar a emissão e liquidação de stablecoins.

De acordo com o Creator Economy Report 2025, da própria Visa, 57% dos criadores de conteúdo digital afirmaram que o ‘acesso instantâneo a fundos’ é o fator mais importante ao escolher métodos de pagamento digitais, uma demanda que, segundo a Visa, as stablecoins atendem de forma ideal.

O piloto reforça o foco da Visa em inovação com blockchain como parte de sua estratégia de longo prazo para a movimentação de dinheiro.

Western Union lançará stablecoin lastreada em dólar na Solana

A Western Union também está entrando no mercado de stablecoins. A empresa planeja lançar o US Dollar Payment Token (USDPT) na blockchain Solana no primeiro semestre de 2026.

Emitido pelo Anchorage Digital Bank, o token permitirá transferências internacionais com taxas menores e liquidação mais rápida.

Ou seja, reduzindo a dependência de intermediários bancários e de conversões cambiais voláteis.

O CEO Devin McGranahan disse que a iniciativa continua a missão de 175 anos da Western Union de simplificar transferências de dinheiro. Agora, com tecnologia blockchain.

Dessa forma, ele explicou que a Solana foi escolhida por sua velocidade, escalabilidade e baixo custo por transação.

Esses são fatores essenciais para o alto volume de remessas da empresa.

Portanto, ao usar a infraestrutura blockchain, a Western Union pretende tornar as remessas quase instantâneas e muito mais transparentes.