A Harvard, uma das universidades mais prestigiadas do mundo, acaba de realizar um dos movimentos mais ousados do ano no universo cripto. A universidade aumentou discretamente sua participação no iShares Bitcoin Trust (IBIT) para 442,8 milhões de dólares, representando um salto massivo de 257% em relação ao trimestre anterior.
Agora, a grande questão que agita Wall Street é a seguinte: por que o fundo patrimonial mais elitista do mundo está, de repente, acumulando Bitcoin?
De acordo com um novo documento apresentado à SEC, Harvard agora detém 6,8 milhões de ações do iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock, avaliadas em 442,8 milhões de dólares em 30 de setembro. Isso representa um aumento expressivo, 257% acima do trimestre anterior.
Este é um momento raro nas finanças tradicionais. Durante décadas, grandes fundos patrimoniais como Harvard e Yale evitaram ETFs completamente, especialmente qualquer coisa tão nova ou volátil quanto o Bitcoin.
O analista de ETF de cripto Eric Balchunas afirma que este movimento é “a validação mais forte que um ETF pode receber”, especialmente vindo de um dos investidores mais cautelosos e tradicionais do mundo.
Embora a posição represente apenas cerca de 1% do fundo patrimonial total de Harvard, ainda é suficiente para colocar a universidade entre os 20 maiores detentores de IBIT. Isso, por si só, envia uma mensagem clara a outras instituições que estavam esperando à margem.
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O gráfico no documento deixa uma coisa muito clara: o IBIT é agora a principal posição de Harvard, à frente de Microsoft, Amazon, Alphabet, Nvidia e até mesmo do ETF SPDR Gold Shares (GLD). O documento mostra que o IBIT representa 20,97% da carteira reportada por Harvard, muito acima de qualquer outro ativo.
Juntamente com sua aposta em Bitcoin, Harvard também dobrou sua posição em ouro. A universidade agora detém 661.391 ações do GLD, avaliadas em 235 milhões de dólares, um aumento de 99% em relação a junho.
A mensagem é clara: Harvard está se posicionando de forma defensiva, ao mesmo tempo que se prepara para mudanças tecnológicas e monetárias de longo prazo.
Eric Balchunas considera este documento “extremamente importante”, e ele está certo. Fundos patrimoniais se movem devagar, mas, uma vez que mudam de direção, outros seguem. Combinado com a crescente participação de fundos soberanos, este pode ser um dos sinais de longo prazo mais fortes para o Bitcoin, mesmo com as flutuações de preços no curto prazo.
A movimentação de Harvard sugere uma coisa: o dinheiro mais inteligente do mundo está, silenciosamente, se preparando para um futuro financeiro diferente.
