Investigadores norte-americanos estão a avaliar os riscos de segurança representados pela Bitmain, mas a Bitmain nega a existência de tais riscos.

Foresight News reporta, segundo a Bloomberg, que fontes informadas revelaram que investigadores norte-americanos têm avaliado se os produtos da Bitmain Technologies apresentam riscos de espionagem ou sabotagem. A empresa nega a existência de tais riscos. No ano passado, uma revisão federal apontou que o uso de equipamentos da Bitmain Technologies Ltd., sediada em Pequim, em locais próximos a bases militares, levantou “preocupações significativas de segurança nacional”. Em julho deste ano, um relatório do Comité de Inteligência do Senado voltou a mencionar a empresa, afirmando que os seus equipamentos poderiam ser manipulados pela China e apresentavam “várias vulnerabilidades preocupantes” para os Estados Unidos.

De acordo com um funcionário norte-americano e outras seis fontes informadas, os equipamentos de hardware da Bitmain estão no centro de uma investigação federal chamada “Operação Pôr do Sol Vermelho” (Operation Red Sunset). Esta investigação, liderada por agentes do Departamento de Segurança Interna dos EUA, visa determinar se estas máquinas podem ser controladas remotamente para fins de espionagem ou sabotagem da rede elétrica americana. O funcionário e as fontes, assim como outras pessoas que descreveram a revisão do governo federal sobre os produtos da Bitmain, pediram anonimato para discutir esta investigação ainda não divulgada publicamente. Segundo um funcionário norte-americano e duas fontes, em alguns casos, os investigadores desmontaram as máquinas da Bitmain para testar se os seus chips e códigos continham funcionalidades maliciosas. Eles recusaram-se a revelar o que foi descoberto (se é que algo foi encontrado). O funcionário e as fontes acrescentaram ainda que os investigadores também analisaram potenciais violações de tarifas e impostos de importação.

Num comunicado enviado por e-mail, a Bitmain afirmou que as alegações de que a empresa poderia controlar remotamente as suas máquinas a partir da China são “absolutamente falsas”. A empresa declarou que “cumpre rigorosamente as leis e regulamentos dos EUA e de outros países relevantes, e nunca esteve envolvida em qualquer atividade que prejudique a segurança nacional dos Estados Unidos”.