CEO da Figma diz que aposta de US$ 91 milhões em Bitcoin não é um movimento “Michael Saylor”
A empresa de software de design colaborativo Figma (FIG) expandiu suas participações em bitcoin BTC$109.741,83 para US$ 91 milhões no segundo trimestre deste ano, conforme divulgado pela empresa na quarta-feira durante sua teleconferência de resultados.
A iniciativa, revelada pelo Diretor Financeiro Praveer Melwani, faz parte de uma posição de caixa maior de US$ 1,6 bilhão. “Dentro dos US$ 1,6 bilhão, também mantivemos aproximadamente US$ 91 milhões em nosso fundo negociado em bolsa de bitcoin”, disse Melwani.
A Figma, que abriu capital na Bolsa de Valores de Nova York em julho, teve alguns anos movimentados. Uma aquisição planejada de US$ 20 bilhões pela Adobe fracassou em 2023 após reguladores levantarem preocupações antitruste. Desde então, a empresa continuou a expandir sua base de clientes, que inclui 95% das empresas da Fortune 500.
Diferente de algumas empresas que recorreram à posse de bitcoin como uma última tentativa de animar investidores ou de se afastar de negócios principais em declínio, a abordagem da Figma parece ser mais conservadora.
“Não estamos tentando ser o Michael Saylor aqui”, disse o CEO Dylan Field à CNBC, referindo-se ao cofundador da MicroStrategy, conhecido por transformar sua outrora discreta empresa de software em uma grande detentora de bitcoin. “Isto não é, tipo, uma empresa de holding de Bitcoin. É uma empresa de design, mas acho que há espaço para isso no balanço patrimonial e como parte de uma estratégia de tesouraria diversificada.”
Nem o aumento da exposição ao bitcoin nem a receita acima do esperado impulsionaram o sentimento dos investidores, pelo menos no curto prazo. Apesar de superar as expectativas de lucros, as ações da Figma caíram 18% na quinta-feira, fechando a US$ 55,96. Isso permanece acima do preço do IPO, mas cerca de 50% abaixo do pico frenético do dia de estreia.
A adição discreta de bitcoin ao caixa da Figma adiciona mais um nome à lista de empresas públicas que experimentam ativos digitais como parte de sua infraestrutura financeira — mas sem o espetáculo ou evangelismo frequentemente associados a esse movimento.
Por enquanto, o bitcoin continua sendo uma pequena fatia do balanço da Figma.
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