Estrategista de Ações dos EUA do Citigroup diz que ações estão desfrutando de “avaliações muito estendidas” e alerta que um fator pode pôr fim ao mercado de alta

A força do impulso da inteligência artificial (IA) determinará a duração do atual mercado altista de ações, de acordo com um executivo do Citigroup.

Scott Chronert, chefe de estratégia de ações dos EUA do Citi, disse em uma nova entrevista à CNBC que as avaliações estendidas são “um problema e motivo de preocupação”.

“A maneira como gostamos de categorizar, porém, é que não é a circunstância da avaliação em si que é o problema. Tudo realmente volta à capacidade dos lucros e dos fundamentos justificarem tais avaliações, e se você olhar historicamente para momentos anteriores em que se pagou tanto no mercado por, digamos, um novo paradigma de crescimento. 

Normalmente, o que põe fim ao mercado altista é justamente o fim desse fundamento subjacente. Isso aconteceu quando a bolha da tecnologia estourou, aconteceu no final de 2021. Então, a partir daqui, estamos em um ponto de partida semelhante, a questão é por quanto tempo e quão persistente esse impulso da IA pode ser em termos de sustentar uma perspectiva fundamental bastante visível. Enquanto enxergarmos essa visibilidade, as ações estarão em boa forma.” 

Chronert afirma que é importante observar a “enorme geração de caixa livre” proveniente das gigantes de tecnologia à medida que seus modelos de negócios amadurecem.

Segundo o executivo do Citi, o caixa dá flexibilidade às empresas de tecnologia.

“Então, um dos jogos que vamos observar aqui é a capacidade dessas empresas de continuar construindo fossos competitivos, seja comprando novas tecnologias, seja adquirindo potenciais fontes de nova demanda e assim por diante, elas podem fazer isso. Elas têm a geração de caixa livre para isso. Isso perpetua o tema aqui.” 

Imagem em destaque: Shutterstock/iurii/Andy Chipus