Autor: Matt Crosby
Tradução: AididiaoJP, Foresight News
Embora o mercado atualmente esteja mais focado em até onde o bitcoin pode subir neste ciclo de alta, é igualmente importante se preparar para as próximas mudanças do mercado. Este artigo irá, com base em ciclos históricos, indicadores on-chain de avaliação e fundamentos do bitcoin, utilizar dados e modelos matemáticos para estimar o fundo do próximo ciclo de baixa. Não se trata de uma previsão específica, mas sim da construção de uma estrutura de análise.
Modelo de Ciclo: Analisando os padrões históricos dos fundos de preço
O "Modelo de Ciclo do Bitcoin" é atualmente uma das ferramentas mais confiáveis para identificar fundos de mercado, integrando múltiplos indicadores on-chain para construir faixas de avaliação de preço.
Figura 1: O indicador de "fundo do ciclo" deste modelo capturou com precisão todos os fundos das bear markets anteriores
Essa linha verde de "fundo do ciclo" sempre marcou com precisão os fundos macroeconômicos: US$ 160 em 2015, US$ 3.200 em 2018, US$ 15.500 no final de 2022. Atualmente, esse indicador está em US$ 43.000 e continua subindo, servindo como referência para estimar o fundo do próximo ciclo.
Lei de Diminuição: Por que as quedas nas bear markets estão enfraquecendo
Através da razão MVRV (relação entre valor de mercado e valor realizado), é possível observar que, quando o mercado entra em uma bear market profunda, o preço do bitcoin geralmente cai para 0,75 vezes o preço realizado, ou seja, 25% abaixo do custo médio de aquisição da rede.
Figura 2: Todos os fundos das bear markets ocorreram quando a razão MVRV caiu para 0,75
Analisando a tendência de diminuição das quedas: nos ciclos iniciais, a queda máxima chegou a 88%, em 2018 foi reduzida para 80% e, em 2022, caiu ainda mais para 75%. Seguindo essa tendência, a próxima bear market pode ter uma queda máxima controlada em torno de 70%.
Figura 3: A tendência de diminuição das quedas nas bear markets indica que a próxima retração não deve ultrapassar 70%
Prevendo o próximo ponto de inflexão entre bull e bear market
Antes de estimar o fundo, é necessário identificar o topo deste ciclo de alta. Dados históricos mostram que o topo do bitcoin geralmente ocorre próximo a 2,5 vezes o preço realizado. Se essa regra se mantiver, é esperado que até o final de 2025 o bitcoin possa atingir o pico de US$ 180.000.
Figura 4: A previsão do modelo integrado indica que o topo do ciclo pode chegar a US$ 180.000, com o fundo da bear market de 2027 entre US$ 55.000 e US$ 60.000
Se o bitcoin continuar com o padrão de "fundo um ano após o topo", em 2027, após uma retração de 70% a partir do topo, o fundo estará na faixa de US$ 55.000 a US$ 60.000. Essa faixa coincide tecnicamente com a zona de consolidação do ano passado.
O papel do custo de produção como suporte de preço
O custo de produção do bitcoin (custo de eletricidade para minerar uma moeda) é um importante ponto de ancoragem de valor de longo prazo, historicamente alinhado com os fundos das bear markets. Após cada halving, o custo dobra, formando um piso de preço em constante elevação.
Figura 5: O custo de produção por moeda, atualmente em cerca de US$ 70.000, fornece forte suporte ao preço
Quando o preço cai abaixo do custo de produção, geralmente ocorre uma redução na produção dos mineradores, criando oportunidades históricas de compra. Após o halving de abril de 2024, a linha de custo subiu significativamente, e cada vez que o preço se aproxima desse nível, há uma forte recuperação. Atualmente, esse ponto de ancoragem de valor está em torno de US$ 70.000.
Conclusão: O novo ciclo será mais suave
Em todo ciclo, sempre há quem diga "desta vez é diferente", mas os dados continuam revelando padrões internos. Embora a entrada de instituições e o processo de financeirização tenham mudado a estrutura do mercado, não eliminaram as características cíclicas.
Tudo indica que a próxima bear market será mais amena, refletindo a maturidade crescente do mercado e o aprofundamento da liquidez. Se o preço recuar para a faixa de US$ 55.000 a US$ 70.000, será um comportamento normal do ciclo, e não um sinal de colapso sistêmico.
