Filho de Trump: Criptomoedas vão "salvar o dólar"

De acordo com relatos, Eric Trump afirmou que, ao atrair o fluxo de capital global para o mercado de ativos digitais dos Estados Unidos, é possível fornecer um novo suporte ao dólar. Sua lógica central é que um Estados Unidos amigável aos ativos digitais se tornará um porto seguro para o capital global. Quando investidores buscam transferir fundos de "moedas instáveis", o mercado cripto dos EUA oferecerá uma opção atraente, sustentando indiretamente a demanda por ativos denominados em dólar.

Autor: Dong Jing

Fonte: Wallstreetcn

No momento crucial em que o dólar enfrenta múltiplas pressões e seu status como moeda de reserva global é desafiado, Eric Trump, filho de Trump, acredita que a onda dos ativos digitais pode revitalizar a hegemonia do dólar.

Em 18 de setembro, segundo o Financial Times, Eric Trump afirmou recentemente que a onda dos ativos digitais direcionará "trilhões de fundos de moedas fracas de todo o mundo" para os Estados Unidos.

Essa declaração ocorre em meio a uma forte queda do dólar este ano, enquanto as políticas comerciais de Trump e suas repetidas críticas ao Federal Reserve abalaram a confiança dos investidores na moeda de reserva global.

Vale notar que a visão de Eric Trump está alinhada com a direção política de seu pai. Trump já prometeu tornar os Estados Unidos a "capital mundial dos ativos digitais" e implementar um ambiente regulatório flexível, impulsionando o bitcoin e outras criptomoedas a atingirem máximas históricas.

Segundo relatos, Eric Trump também descreveu os negócios familiares de ativos digitais como a "vingança suprema" contra as instituições financeiras tradicionais. Sabe-se que a família Trump possui amplos interesses no setor de ativos digitais, incluindo o ETF de bitcoin da Truth Social, dois tokens MEME e negócios de investimento em bitcoin relacionados ao Trump Media & Technology Group.

Ativos digitais como suporte ao dólar

Eric Trump detalhou a lógica de como os ativos digitais podem sustentar o status do dólar.

Ele afirmou que minerar bitcoin nos Estados Unidos, alcançar independência financeira e iniciar uma "revolução financeira originada nos EUA", são fatores que "podem, de certa forma, salvar o dólar".

Sua lógica central é que um Estados Unidos amigável aos ativos digitais se tornará um porto seguro para o capital global. Quando investidores buscam transferir fundos de "moedas instáveis", o mercado cripto dos EUA oferecerá uma opção atraente, sustentando indiretamente a demanda por ativos denominados em dólar.

O pano de fundo dessa visão é a pressão múltipla enfrentada pelo dólar. A dívida dos EUA deve aumentar ainda mais devido à emblemática lei tributária de Trump, aumentando as preocupações do mercado sobre a situação fiscal do país. Desde que assumiu o cargo, Trump defende cortes acentuados nas taxas de juros e já afirmou que "um dólar fraco gera mais dinheiro do que um dólar forte".

Eric Trump acredita que, ao atrair o fluxo de capital global para o mercado de ativos digitais dos EUA, é possível fornecer um novo suporte ao dólar.

Vale notar que a visão de Eric Trump está alinhada com a direção política de seu pai. Trump já prometeu tornar os Estados Unidos a "cripto capital" do mundo e incentiva um ambiente regulatório "leve" para ativos digitais. Essa postura impulsionou o preço do bitcoin e de outros tokens a máximas históricas.

Desafio ao sistema financeiro tradicional

A família Trump possui amplos interesses no setor de ativos digitais, incluindo o ETF de bitcoin da Truth Social, dois tokens meme e negócios de investimento em bitcoin relacionados ao Trump Media & Technology Group.

No ano passado, Eric Trump cofundou a World Liberty Financial Inc (WLFI), uma empresa de ativos digitais apoiada por sua família, que opera a stablecoin USD1, atrelada ao dólar.

De acordo com documentos de divulgação financeira, Trump detinha 15.75 bilhões de tokens WLFI no final de 2024, avaliados em mais de 3 bilhões de dólares pelo preço de negociação de quarta-feira.

Eric Trump enfatizou que não contou com a ajuda das principais instituições financeiras dos EUA ao fundar diversas empresas relacionadas a criptomoedas. Ele chamou isso de "a vingança suprema contra os grandes bancos e as finanças modernas", acrescentando: "Você percebe que realmente não precisa deles e, francamente, não vai sentir falta deles".

Essas declarações foram feitas alguns meses após o Trump Group processar o banco Capital One, acusando-o de fechar a conta de Trump em 2021 por motivos políticos, o que o banco negou.

Executivos do setor bancário dos EUA temem que as stablecoins, geralmente atreladas ao dólar em proporção de um para um, possam atrair fundos do sistema bancário tradicional se oferecerem melhores rendimentos.

Autoridades da Casa Branca esperam que emissores de stablecoins, incluindo Tether e Circle, possam intervir para comprar a maior parte dos trilhões de dólares em títulos do Tesouro emitidos anualmente, impulsionados pela aprovação em julho do primeiro grande projeto de lei regulatório de ativos digitais pelo Congresso.