Notícia de última hora! Gavin Wood anuncia que Polkadot entra na "segunda era"!

Este artigo é uma compilação do discurso impactante do Dr. Gvain Wood, recém-encerrado na conferência Sub0!

Olá a todos, amigos de Buenos Aires! Saudações de Hitchin, Reino Unido (mais precisamente, dos subúrbios de Hitchin). É um prazer poder conectar-me convosco através da tecnologia moderna, então vamos começar oficialmente.

Há apenas um mês, a Parity celebrou o seu décimo aniversário. É realmente emocionante — já estamos neste caminho há mais de dez anos: Polkadot, Sub0... Embora o Sub0 seja um pouco mais jovem, está prestes a entrar no seu sétimo ano.

O início do Sub0 foi, na verdade, bastante simples. O cenário do primeiro Sub0 era quase como o da primeira DevCon: organizámo-lo diretamente no escritório. Na altura, a Parity tinha acabado de abrir o escritório em Berlim e convidámos cerca de cem dos primeiros desenvolvedores da Polkadot para discutir a tecnologia Substrate. O nome "Sub0" também vem dessa época.

Relembro isto porque compreender o passado permite ver melhor a direção do futuro. Muitas vezes estamos tão ocupados com o presente que ignoramos a trajetória em que nos encontramos. Olhar para trás, para o ponto de partida e o processo de pensamento inicial, frequentemente permite deduzir com mais clareza o caminho do desenvolvimento futuro.

O nascimento do Sub0 aconteceu depois de começarmos a desenhar a Polkadot. A história da Polkadot pode ser rastreada até ao outono de 2016, quando eu e Marek, um dos primeiros funcionários da Parity (talvez alguns de vocês o conheçam), discutimos uma questão: se a Parity desenhasse o Ethereum 2, como seria?

Para evitar repetir o caminho do Ethereum, decidimos não fazer do EVM o núcleo do sistema. Na altura, pensei que devíamos ser mais genéricos e flexíveis do que o EVM. Assim, o conceito central da Polkadot — "um sistema multichain heterogéneo baseado em WebAssembly" — foi-se formando gradualmente nessa conversa.

Pouco depois, escrevi e publiquei o "Whitepaper de Visão da Polkadot", que marcou verdadeiramente o início da Polkadot.

Por que criar a Polkadot?

Por que criar a Polkadot?

Esta é uma questão que muitos nunca se perguntaram verdadeiramente.

Mas a resposta é extremamente simples: o mundo precisa de uma tecnologia blockchain central melhor.

A Parity foi durante muito tempo um dos clientes Ethereum mais importantes, compreendemos profundamente a tecnologia do Ethereum — na verdade, muitos engenheiros da Parity participaram na invenção de tecnologias-chave do Ethereum.

Mas também vimos claramente: não é suficiente para suportar "aplicações sociais em larga escala". É mais uma demonstração tecnológica do que um sistema capaz de suportar milhões ou até centenas de milhões de utilizadores.

Por isso, tivemos de reconstruir uma tecnologia central capaz de suportar as necessidades da sociedade futura. Este é o significado da Polkadot e a direção que sempre seguimos.

Sempre acreditámos, e eu ainda acredito:

É preciso consolidar primeiro a tecnologia central e só depois construir produtos sobre ela. Caso contrário, todos os produtos permanecerão apenas em fase de demonstração.

A primeira geração da tecnologia central da Polkadot já foi realizada; o JAM é a segunda geração, que, mantendo os mesmos princípios básicos, é ainda mais adequada para construir um verdadeiro sistema de produtos. Espero que esteja pronto por volta do próximo ano e seja oficialmente apresentado ao mundo.

A Polkadot já provou a sua capacidade: especialmente através da capacidade de throughput das parachains e dos cenários de uso reais, demonstrou que esta arquitetura central pode suportar utilizadores em grande escala.

Mas só a blockchain não chega. Precisamos também de sistemas de armazenamento, sistemas de mensagens, redes peer-to-peer e outras infraestruturas. E a maioria destas, nos últimos anos, foi construída silenciosamente pela Parity — apenas talvez ainda não tenha sido amplamente reconhecida.

Estas tecnologias de base não foram amplamente promovidas nem frequentemente destacadas em público, mas já existem e são realmente usadas em alguns projetos que mencionarei mais tarde. O ponto-chave é: esta é a primeira vez que a nossa tecnologia de base está madura o suficiente para suportar produtos "de nível sério, capazes de gerar crescimento real de utilizadores".

Na onda da evolução tecnológica, Polkadot é um salto decisivo

Antes de falar sobre novos produtos, temos de responder a uma questão fundamental: por que razão estes produtos precisam de ser construídos sobre a Polkadot?

Para compreender isto, é preciso perceber o contexto da época em que vivemos. Embora muitas vezes seja ignorado, determina a direção do desenvolvimento tecnológico.

Chamamos a esta era a "Era da Informação", mas a verdade é que os serviços que usamos hoje estão muito aquém das capacidades que esta era deveria proporcionar. Em termos tecnológicos, já temos condições para criar novos produtos e infraestruturas; mas estas capacidades ou não foram plenamente utilizadas, ou não deram origem a produtos amplamente adotados.

Sobre isto, as pessoas deram diferentes definições. Rhys-Mogg e Davidson, em "The Sovereign Individual", chamaram a estas pessoas de "indivíduos soberanos".

O "Web3" que propus no passado, bem como "sociedade agente" (agentic society) e "agência intencional" (intentional agency), apontam essencialmente para o mesmo grupo:

Aqueles que estão dispostos e preparados para realmente controlar o seu próprio futuro.

No entanto, para a maioria das pessoas que vivem numa "estrutura social aparentemente livre", esta afirmação pode não ser intuitiva. O sistema social em que vivemos esconde deliberadamente as suas partes "não livres", porque se demasiadas pessoas se aperceberem disso, a estabilidade do sistema pode ser abalada.

Na verdade, a maioria das pessoas nunca experimentou verdadeiramente a "liberdade", mesmo que pensem que a têm — esta é uma ideia repetida em muitas obras de filosofia social e política.

O cerne da questão é: a estrutura social da era industrial herdou o sistema de poder pós-"revolução da pólvora"; e no mundo digital, simplesmente transferimos essa estrutura do offline para o online.

Por isso, vemos:

• Centros de autoridade 
• Instituições intermediárias 
• Censores 
• Sistemas opacos 
• Ecossistemas fechados 

Tudo isto são vestígios da era industrial, apenas com um invólucro digital.

Se olharmos para as expectativas das pessoas sobre a Internet nas décadas de 50 e 90 do século passado, veremos que acreditavam que a Internet traria um futuro completamente diferente. Mas, em algum momento, o rumo mudou.

Ainda assim, acredito que a tecnologia está a amadurecer gradualmente, acompanhada de avanços faseados.

E a Polkadot é um desses avanços-chave.

Então, qual é o sinal de maturidade tecnológica?

Tem de permitir que as pessoas possam:

• Manter ligações reais com família, amigos e comunidades online e offline 
• Aceder a sistemas comerciais 
• Participar numa rede mais ampla de informação e opiniões 
• "Viver" nela e ter alguma autonomia 
• Ter uma identidade digital verdadeiramente sua, não controlada por terceiros 

Tal como a identidade no mundo real vem da nossa língua, vestuário e comportamento, a identidade digital também deve ter a mesma autonomia. Não deve ser controlada por terceiros, tal como o governo não deve decidir o teu penteado.

Para realizar este "mundo digital soberano", precisamos de trazer milhões ou até milhares de milhões de utilizadores para o mundo on-chain.

Mas a realidade é que, hoje, apenas algumas centenas de milhares de pessoas conseguem realmente usar carteiras self-custody, ainda longe dos milhões ou milhares de milhões.

A razão é muito simples:

• A tecnologia blockchain existente não é suficiente para suportar milhões ou milhares de milhões de utilizadores.
• Os produtos cripto atuais não têm significado real para as pessoas comuns. Não tornam a vida mais simples, barata, eficiente ou divertida, pelo menos não o suficiente para atrair o público em geral. 

Então, o que é que isto tem a ver com a Polkadot?

A Polkadot já entrou num ponto crítico — ou está prestes a entrar: a sua capacidade de base já é suficiente para suportar milhões ou até dezenas de milhões de utilizadores. Por isso, a Parity também tem de passar de "design de protocolo" para "design de plataforma" e, finalmente, para "produtização".

Na verdade, já transferimos grande parte do nosso foco para o design da camada de plataforma. Podes vê-lo como "plataforma + infraestrutura", ou seja:

• Serviço de nomes 
• Sistema de identificação de utilizadores independentes (identidade descentralizada / Personhood) 
• Agente do utilizador (User Agent), ou seja, browser, app móvel, etc. 

Com o tempo, a Parity tornar-se-á cada vez mais orientada para produtos.

Neste momento, demos apenas o primeiro pequeno passo: começámos a criar protótipos de produtos.

Em essência, "produto" significa colocar a tecnologia realmente nas mãos das pessoas — fazer com que a tecnologia torne a vida mais fácil, eficiente e amigável. E o mundo cripto ainda está longe de conseguir isso.

Como trazer muitos utilizadores para a Polkadot?

Então, o que devemos fazer para promover a adoção de produtos sem perder os princípios centrais do Web3?

Estes princípios vêm originalmente do movimento Cypherpunk, e foram continuados por muitos verdadeiros líderes de pensamento tecnológico. (Não me refiro a Mark Zuckerberg, mas sim a pensadores como Satoshi Nakamoto.)

Esta é uma questão muito complexa, que já estudámos durante muito tempo e na qual investimos muito esforço. O desenvolvimento da plataforma é um trabalho enorme. Lembro-me claramente da primeira vez que pensei na Polkadot do ponto de vista de "plataforma + ponto de entrada de produto", foi no verão de 2022, em Nova Iorque.

2022 foi um ano marcante para a Polkadot: foi quando as parachains finalmente estavam prontas para serem lançadas de forma estável e podiam realmente confiar na tecnologia de base.

Nessa altura, comecei a pensar: como podemos trazer muitos utilizadores para a Polkadot?

Foi então que propus o conceito de "funil largo". Não se trata de migrar alguns utilizadores de Ethereum, Bitcoin ou outras blockchains, mas sim — atrair utilizadores de todo o mundo. Para isso, é preciso primeiro fornecer o "agente do utilizador" correto:

• Ponto de entrada correto 
• Forma de uso correta 
• Algo que o utilizador possa descarregar e usar diretamente 

Durante muito tempo, a estratégia da Parity foi "enterrar a cabeça na areia": deixar que outros fizessem o front-end, enquanto nós fazíamos apenas a tecnologia de base.

Mas essa estratégia mudou. Na verdade, esta mudança já estava a ser preparada há alguns anos. No entanto, para realmente perceber todos os elementos-chave, encontrar a "receita" exata para criar um portal, ou um sistema inteiro de portais — e dar-lhe uma verdadeira oportunidade de alcançar a adoção em massa que considero tão necessária — esse processo demorou muito tempo, falo de anos.

Tenho o prazer de vos dizer: estamos a avançar rapidamente e o progresso é muito bom.

Espero que em breve possam ver:

• Aplicações descarregáveis 
• Pontos de entrada acessíveis online 
• Uma pequena demo de uma versão inicial 
• Um protótipo de produto Polkadot que pode ser experimentado diretamente no telemóvel 

Ainda está em desenvolvimento intenso, não esperem demasiado, mas será suficiente para perceberem o que realmente queremos fazer.

Claro, ainda não podem ver tudo o que planeamos, porque não quero revelar tudo já. Temos algumas ideias muito interessantes e espero que estas ideias, tecnologias e produtos pertençam primeiro à Polkadot, e não sejam apropriados por outros.

Polkadot Portal: a próxima geração de entrada Web3 criada para "IA"

A Polkadot App e a plataforma de portais são desenhadas em torno das necessidades de "IA". IA (Intentional Agent) é uma expressão de que gosto muito porque: é exatamente o inverso de AI. E não acredito que a AI beneficie 100% a humanidade, pode até agravar a centralização. Pode tornar a Internet mais parecida com um enorme sistema centralizado de remendos. Mas espero que possamos fazer com que "o lado bom" supere "o lado mau". 

IA tem dois significados: Information Age (Era da Informação) e Intentional Agent (Agente Intencional).

E "agente intencional" são vocês — alguém capaz de pensar por si, saber claramente o que quer alcançar e, ao perseguir os seus objetivos, ser responsável e autónomo.

• Também pode significar Intended Agency (ação intencional), ou seja, a proatividade demonstrada quando atuas como um "agente intencional".
• Pode ainda significar Intelligent Agency (agência inteligente), ou seja, usas o teu próprio julgamento para decidir: o que deves fazer para que a sociedade avance na direção que consideras correta.

E a plataforma Polkadot — mais especificamente, o sistema Polkadot Portal, especialmente a aplicação móvel da Polkadot — foi desenhada para satisfazer as necessidades destes "agentes intencionais", protagonistas da Era da Informação, membros da Agentic Society.

É assim que penso sobre o seu desenvolvimento.

Não estou a pensar em "substituir o Web2". O que realmente penso é: o que precisa um agente intencional no seu dia a dia?

Como "tu", um agente intencional, vais certamente precisar de interagir com diferentes pessoas no mundo: amigos, família, comunidades (sejam físicas ou digitais), e até pessoas que nunca viste, não conheces e talvez nunca venhas a conhecer, mas com quem precisas de estabelecer algum tipo de relação.

Este é o primeiro princípio de design desta plataforma — e de todo este conjunto de produtos.

A Parity irá primeiro construir a plataforma e a sua infraestrutura, depois construir vários produtos sobre ela. Mas a plataforma será sempre aberta. Porque sabemos bem: uma plataforma de sucesso atrai equipas externas para construir e lançar os seus próprios produtos sobre ela.

Porquê? Porque, por mais criativos que sejamos, nunca seremos mais criativos do que o mundo inteiro. O verdadeiro motor do crescimento da plataforma no futuro serão estas aplicações de terceiros.

Parity lança a Polkadot People Initiative

Para que a plataforma seja realmente útil, uma das infraestruturas-chave é: um sistema capaz de identificar pessoas e ajudar os produtos a identificar "pessoas". Aqui, "identificar" não significa: "saber o teu nome, endereço, data de nascimento, preferências de compra" — esse tipo de recolha de dados de vigilância. O que realmente precisamos é: permitir que o sistema distinga "isto é uma pessoa, não um robô". Tal como quando pagas no supermercado, o caixa sabe que és uma pessoa real.

A Parity criou um plano maior para isso: Polkadot People Initiative. O objetivo é permitir que os humanos entrem na Polkadot de forma amiga da privacidade e que a Polkadot possa reconhecer "este é um indivíduo independente".

O projeto específico chama-se Project Individuality. Talvez tenhas reparado que gosto de dar nomes terminados em "ity" (como solidity).

O núcleo deste projeto não é "identificação de identidade", não é saber quem és, mas sim: no mesmo contexto, o sistema pode saber "esta é a mesma pessoa a aparecer novamente". Ou seja, fornece uma Proof of Personhood (prova de individualidade humana).

Tradicionalmente, estes sistemas recorrem frequentemente a métodos "preguiçosos mas que sacrificam a privacidade". Mas o Project Individuality evita isso tanto quanto possível. É verdade, tens de fornecer ao sistema (ou seja, à Polkadot e à sua lógica) um pouco de informação para provar que és um humano real e independente. Mas essa informação pode ser mínima.

• Não precisamos do teu documento de identificação — e nunca deveríamos precisar. Se vires um sistema que pede identificação, é um mau sistema, ignora-o.
• Também não precisamos do teu número de telefone; mesmo que o tivéssemos, não oferece grande segurança.
• Não precisamos de te vigiar, como escanear a tua retina. Qualquer projeto que faça isso não é bom.
• Também não precisamos do teu login Web2. Isso colocaria-nos novamente nas mãos dos gigantes tecnológicos, que por sua vez estão sob controlo estatal. E claramente não confiamos necessariamente neles, certo?

Em todos os mecanismos do Project Individuality, não é necessário qualquer autoridade centralizada para identificar indivíduos únicos. Confiamos apenas na teoria dos jogos, na criptografia e em algumas propriedades físicas relacionadas com a essência humana e o espaço-tempo.

Depois de entrares neste sistema, acredito — e espero, claro — que possamos recompensar-te. Não é uma recompensa só por existires (embora possa haver um pouco disso), mas sim recompensar ações que satisfaçam as necessidades mais amplas da Polkadot e ajudem o sistema. Por exemplo: fornecer dados do mundo real (oracle) ou fornecer "racionalidade" para sistemas descentralizados.

O que quero dizer com isto?

Sistemas autónomos independentes (ou seja, sistemas Web3) podem funcionar bem de várias formas. Um dos pilares básicos é a matemática, especialmente a criptografia. Por exemplo, assinaturas digitais — é assim que confiamos na matemática.

Outro pilar é a teoria dos jogos e a economia. Através da modelação de custos-benefícios, assumimos que os recursos humanos são limitados, por isso ninguém vai gastar muito para atacar um sistema se o retorno for quase nulo. Esta é, basicamente, a base teórica da segurança do PoS (Proof of Stake). Mas o problema é: quando dependes deste tipo de argumento económico, normalmente tens de "gastar muito dinheiro" para manter o sistema seguro. Por exemplo, na Polkadot, em 2024, a recompensa anual do PoS é de cerca de 15%, o que é um custo muito elevado.

Há ainda outra forma de usar a teoria dos jogos, mas sem depender do "modelo de ataque por custo": dificultar a "organização coordenada" dos atacantes, porque podes assumir razoavelmente que muitos indivíduos não formarão facilmente alianças de ataque altamente coordenadas em grande escala.

Isto também tem custos e não é simples. Mas se conseguires garantir que estes "decisores" (validadores) não têm fortes ligações entre si — por exemplo, não têm o mesmo beneficiário final, economia ou grupo de interesse — então podes ter a certeza de que não vão conspirar em grande escala para atacar o sistema.

É aqui que a "Proof of Personhood" (prova de individualidade humana) tem verdadeiro valor. No futuro, falarei mais detalhadamente sobre como a Polkadot pode beneficiar disto, mas ainda não é o momento.

Da década da tecnologia à década do produto: Polkadot entra na "segunda era"

Em breve (falo de meses), este mecanismo será integrado de forma transparente na experiência geral da Polkadot: seja no Polkadot Portal ou na plataforma de utilizadores Polkadot, fará parte dela. Será uma das pedras angulares da nossa estratégia futura, para expandir massivamente a base de utilizadores da Polkadot e suportar mais tipos de produtos.

Mas é preciso esclarecer: o Individuality não é um produto em si. É apenas uma capacidade fundamental — permite ao sistema, através de lógica automatizada, julgar: "Estamos perante um indivíduo real e independente?"

O seu valor está em permitir-nos:

• Distribuir incentivos de forma segura 
• Pagar aos utilizadores para encorajar comportamentos não colusivos 
• Ajudar na seleção de validadores 
• Recolher dados do mundo real 
• E suportar muitos outros usos 

Em outras palavras, finalmente podemos realizar uma verdadeira ação de onboarding em massa de utilizadores.

As grandes empresas Web2 sabem isto muito bem. Sempre fizeram coisas semelhantes, só que não em ambientes com fortes incentivos económicos. Normalmente dependem de SMS e e-mail para identificar utilizadores; alguns setores de risco económico (como o jogo) até usam verificação por cartão de crédito. Mas estas soluções não são suficientemente boas nem seguras.

Não usaremos esses métodos.

Voltamos aos princípios fundamentais, construindo um sistema verdadeiramente robusto e difícil de contornar.

Alguns podem achar estes métodos "demasiado rigorosos", mas não faz mal. Queremos oferecer uma variedade de opções para que a maioria das pessoas encontre a solução certa para si.

Tem de ser suficientemente robusto porque planeamos realizar jogos com fortes incentivos económicos sobre ele e esperamos que outros projetos do ecossistema também possam construir os seus próprios mecanismos com base nisto.

É precisamente por causa desta mudança que chamo a isto a "segunda era" da Parity:

• Primeira década: aperfeiçoar a tecnologia central 
• Segunda década: construir infraestrutura e produtos 

De uma perspetiva mais ampla, estamos a passar de "protocolos de rede" para "protocolos de movimento social" — levando a tecnologia realmente para a sociedade. O foco agora já não é apenas a tecnologia em si, mas se a tecnologia pode ajudar-nos a viver de acordo com o que a Era da Informação exige. Isto é, essencialmente, uma mudança cultural.

De acordo com o progresso atual, espero que:

• A plataforma seja lançada oficialmente no primeiro semestre de 2026 
• Vários produtos sejam lançados ao longo de 2026, alguns podendo chegar mais cedo 

Espero sinceramente que gostem destes resultados e que vos inspirem a criar os vossos próprios produtos nesta plataforma.

Obrigado por ouvirem! Divirtam-se no Sub0!